Desempregada, a ex-chefe do escritório da Presidência da República tem quase quarenta advogados a sua disposição.
O poder econômico, a complexidade da causa, a influência do cliente e a repercussão de uma condenação, com implicações a terceiros, por exemplo são alguns determinantes do preço final dos honorários advocatícios. Seguindo essa lógica de precificação, portanto, o caso Rosemary reúne todos os ingredientes capazes de lançar às alturas a fatura de honorários.
A ex-secretária dispõe do apoio de três grandes bancas de advocacia do país. Nas estimativas mais conservadoras de especialistas, uma estrutura semelhante não assinaria uma única petição por menos de 1 milhão de dólares.
Se for algo que se aproxime disso, a única certeza é que não é Rosemary que paga seus advogados. Em depoimento à Polícia Federal no ano passado, a ex-secretária deixou clara sua condição financeira. Declarou possuir um carro usado e dois apartamentos comprados por um total de 370.000 reais. Também disse que tinha como fonte de renda apenas o salário de 12.000 reais da Presidência da República.
(Texto extraído da edição 2338 da revista Veja de 11/09/13)
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