Por um fio - Admitindo-se a hipótese de que a espionagem ianque tenha de fato ocorrido, esperar que o governo norte-americano apresente por escrito uma justificativa convincente, além de se retratar publicamente, é excesso de inocência. O melhor que os palacianos podem fazer é deixar o assunto de lado, pois se a Casa Branca decidir vazar o conteúdo da eventual espionagem o Palácio do Planalto desaba.
De chofre a questão é muito simples. O embaixador norte-americano Thomas Shannon deixará Brasília na sexta-feira (6) após três anos e meio no País. Shannon foi escolhido para assumir a representação diplomática dos EUA por causa de dois assuntos de interesse da Casa Branca.
O primeiro deles, de caráter político, era estreitar as relações com o país que lidera o socialismo latino-americano. O segundo, eminentemente comercial, era tentar recolocar a Boeing no projeto de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira, que recentemente aposentou sua frota de caças. Quem transita na área da Defesa sabe que a opção do governo brasileiro pelos franceses Rafale é marcada por detalhes obscuros, os quais podem mandar o PT pelos ares. O ucho.info acompanhou de perto o processo e conhece os pontos de vulnerabilidade.
Como se fosse pouco, o governo dos Estados Unidos possivelmente já tem informações fidedignas sobre a venda de urânio brasileiro ao governo do Irã, cujo fim específico não é pacífico, mas produzir uma bomba nuclear. Diferentemente do que garantem as autoridades de Teerã.
Em outras palavras, é bom o governo brasileiro aposentar esse factóide de última hora, porque na política inexistem inocentes, como sempre afirmamos... Leia na íntegra
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