quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Escândalo no Trabalho é a ponta do mar de lama em que se transformou a Esplanada dos Ministérios
Tudo dominado – Na terça-feira (10), após ser pressionado pelo Palácio do Planalto e também pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), o secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, pediu demissão. De acordo com o ministro, a saída do número 2 do ministério foi uma medida para evitar “constrangimentos” ao governo.
Investigado pela Polícia Federal na Operação Esopo, que apura desvio de recursos públicos em montante que pode chegar a R$ 400 milhões, Paulo Roberto alega inocência, mas na última segunda-feira (9) foi levado à PF para prestar depoimento e esclarecer o esquema criminoso que funcionava a partir do Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania – uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) – e contava com a participação de empresas, pessoas físicas, agentes públicos, prefeituras, governos estaduais e ministérios.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o Instituto Mundial era uma entidade de fachada contratada para realizar projetos superfaturados e que jamais foram executados. Na opinião do delegado Marcelo Freitas, da PF de Minas Gerais, a função do ex-secretário-executivo do ministério era facilitar as atividades do Instituto na pasta.
Há nesse episódio, que até agora não mereceu uma só palavra da cúpula do governo petista de Dilma Rousseff, dois pontos importantes a serem considerados. O primeiro deles remete a algumas matérias do ucho.info sobre o loteamento da Esplanada dos Ministérios.
Depois que o esquema do Mensalão do PT foi descoberto e transformou-se no maior escândalo de corrupção da história nacional, o governo petista decidiu mudar a forma de cooptação de parlamentares no Congresso Nacional. Saiu de cena o pagamento regular de mesadas, principalmente a deputados federais, entrando em seu lugar a entrega, a partidos da chamada base aliada, de importantes ministérios.
Com essa mudança, o Palácio do Planalto conseguiu manter e ampliar a base de apoio, deixando com cada partido o ônus dos escândalos de corrupção, o que mais uma vez é confirmado pela Operação Esopo.
Não é primeira vez que o Ministério do Trabalho envolve-se em escândalos de corrupção. Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afilhado político de Brizola, deixou a pasta debaixo de uma enxurrada de acusações.
Quem conhece os bastidores da política em Brasília sabe que dificilmente um escândalo como o detectado pela Operação Esopo acontece sem a aquiescência do titular da pasta, neste caso Manoel Dias. Acontece que em situações como esta normalmente preserva-se, em um primeiro momento, o ministro, até que a situação torne-se insustentável e exija a demissão. Porém, enganados estão os que esperam uma manifestação de Dilma Rousseff sobre o imbróglio, pois o PDT, “dono” da pasta, é o partido de origem da presidente.
De igual modo, que os brasileiros não se iludam que esse escândalo é um caso isolado, uma vez que na grande maioria dos ministérios há casos de corrupção. A única diferença é que alguns a polícia consegue interceptar. Contudo, a grande questão é saber até que ponto a Polícia Federal seguirá em suas investigações, já que sabe-se que a corporação deixou de ser uma polícia de Estado para ser uma polícia de governo.
Tudo dominado – Na terça-feira (10), após ser pressionado pelo Palácio do Planalto e também pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), o secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, pediu demissão. De acordo com o ministro, a saída do número 2 do ministério foi uma medida para evitar “constrangimentos” ao governo.
Investigado pela Polícia Federal na Operação Esopo, que apura desvio de recursos públicos em montante que pode chegar a R$ 400 milhões, Paulo Roberto alega inocência, mas na última segunda-feira (9) foi levado à PF para prestar depoimento e esclarecer o esquema criminoso que funcionava a partir do Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania – uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) – e contava com a participação de empresas, pessoas físicas, agentes públicos, prefeituras, governos estaduais e ministérios.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o Instituto Mundial era uma entidade de fachada contratada para realizar projetos superfaturados e que jamais foram executados. Na opinião do delegado Marcelo Freitas, da PF de Minas Gerais, a função do ex-secretário-executivo do ministério era facilitar as atividades do Instituto na pasta... Leia na íntegra
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