segunda-feira, 17 de julho de 2017

SENTEÇA CLARA E DE FUNDAMENTAÇÃO ÍMPAR


Consegui, finalmente, ler toda a sentença condenatória referente ao processo de Luiz Inácio Lula da Silva, proferida pelo juiz Sérgio Moro. Meu Deus. Aquilo não é uma sentença! É um tratado de Direito e Processo Penal. É de uma clareza e fundamentação ímpares, que, sinceramente, se fosse defensora deste réu eu teria dificuldade para saber por onde começar, ou o que atacar. As provas citadas no decreto condenatório - com mais de 210 páginas - são pra lá de convincentes e robustas.

O defensor do acusado apresentou assertivas fracas, pueris, enveredou por um raciocínio atípico          (com insinuações e questionamentos do juízo) e não se preocupou com a desconstrução jurídica das provas materiais dos crimes imputados ao seu famoso cliente (se é que isso seria passível de desconstrução). Há perícias elucidativas, depoimentos arrasadores, documentos fulminantes para a prova cabal do narrado na denúncia do Ministério Público, e o próprio interrogatório do ex-presidente acabou por deixá-lo numa situação ainda pior.

A sentença prolatada pela República de Curitiba dificilmente será reformada, e se for é para sapecar mais uns aninhos de xilindró na Viv'alma mais honesta do Brasil.

Esta sentença é uma obra de arte. Irrepreensível em todos os aspectos! Sérgio Moro, a meu ver, foi extremamente criterioso, prudente e moderado. Pode ser que o TRF não tenha a mesma benevolência do juiz Moro.

Os papagaios e militantes repetem compulsivamente que " houve uma condenação sem provas". Fazem isso por absoluta ignorância, ou desonestidade intelectual grave, pois o que não faltou foi prova, o processo se fartou de provas. Isto sim!

Claudia Wild

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