Além de um grande artista, um exemplo de autonomia e superação. Filho de um lavrador analfabeto - José Cobertino de Santana - e de uma costureira que cursou só até a 5ª série - Alice Alves de Santana -, Ed Carlos Alves de Santana (foto) não se acomodou em ser mais um agricultor da Fazenda Quizambu, em Riacho da Guia, distrito de Alagoinhas, onde trabalhava com seu pai na roça e reside até hoje: foi o primeiro habitante daquela localidade a ingressar em uma Universidade Pública — nada menos que a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Ed Carlos e seus três irmãos ficaram órfãos ainda muito cedo. Mas nem por isso ele deixou seu talento escorrer pelas mãos; ao contrário: O artista, que completou 30 anos, participa, desde 2000, dos eventos da Casa do Poeta, com cerca de 30 composições publicadas em antologias, jornais e outros meios na Bahia e no Rio de Janeiro. Além de poesias, ele também escreve críticas de arte para os jornais Folha da Terra e Gazeta dos Municípios, ambos de Alagoinhas.
Mas sua grande paixão é mesmo a pintura e o desenho. Tanto é que optou por cursar nível superior em artes plásticas pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFBA — entre 2003 e 2007 — e atualmente se dedica aos estudos de Mestrado em Artes Visuais, também na EBA-UFBA, onde desenvolve pesquisa sobre retratos de família.
O jovem artista tem participado ativamente do cenário cultural da região nos últimos três anos. Foram várias as apresentações em 2007. Dentre as principais, temos a XIII Expo gravura - Exposição de Gravuras na Escola de Belas Artes-, organizada pelo Departamento de Expressão Gráfica Tridimensional da EBA — UFBA, ocorrida entre os meses de fevereiro e março. Promovida pela mesma instituição, a I Feira de Gravura, fixada na Galeria do Aluno em junho do mesmo ano, também conta com seus trabalhos. Dias depois, no mesmo local, acontece o evento de extensão Multidimensões—1 Expo- Feira, também da EBA, no qual Ed participa na condição de expositor.
Intestinos da Cidade é o nome da exposição feita em conjunto entre a graduação e o mestrado da instituição, montada no Centro Cultural Danemann, em julho de 2007, na cidade de Cachoeira, e organizada pela professora Drª. Graça Ramos. Em novembro do mesmo ano, a exposição Nova Expressões da Gravura, que aconteceu na Galeria do Aluno da Escola de Belas Artes da UFBA, também contou com , participação do artista. Já a exposição Retratos de Família: Uma Sincera Homenagem, aconteceu no Museu Geológico da Bahia, entre os meses de novembro e dezembro de 2007.
Mesmo estando ainda em início de carreira, Ed já tem se destacado em mostras individuais, sendo selecionado para participar de várias exposições coletivas, a exemplo da Bienal de Arte, Design e Cultura da UFBA, que aconteceu em maio de 2008, com o tema ”Santo de Casa faz Milagres", e da Mostra Universitária de Artes Visuais, logo depois. Ainda em novembro do mesmo ano, foi designado pela Faculdade de Arquitetura da UFBA para participar do Primeiro Salão Arte Cidade, que aconteceu na EBA, com a obra Face da Solidão I. Nesse ínterim, no referido ano, também contou com a participação de Ed Carlos na IX Bienal do Recôncavo da Bahia.
Em abril de 2009, o artista promoveu a Exposição Gêneros da Pintura na ACIA, onde foi recebido por Reynaldo Barbosa, diretor da Associação, e fez questão de frisar a gratidão pela oportunidade. Com certeza não vai parar por aí: sempre otimista, o artista possui projetos de uma série de exposições em sua cidade natal, como meta de realização profissional na área de sua vocação.
Ed Carlos segue a tendência da arte figurativa, ou seja, de cunho realista ou acadêmico, e sua principal influência é o americano Alex Katz. Mas não deixa de ser original, conforme ele mesmo afirma "meu traço é o meu estilo, minha forma de pintar e desenhar/’ Quanto a temática, o pintor é adepto, sobretudo, do retrato, porém ele se aventura em qualquer outro gênero da pintura, tais como: paisagem, natureza-morta, nu, floral, casarios, abstrato, animais e marinhas. Em suas telas, faz uso dos materiais tradicionalmente usados para pintura e desenho, ou seja, lápis grafite, lápis de cor, carvão, sanguínea, sépia, giz de cera, pastéis oleoso e seco, aquarela, guache, acrílico, nanquim, hidrocor e técnica mista.
O que faz o ”nome" de um artista plástico, sob o ponto de vista de Ed, é o trabalho bom, belo, inteligente e bem aceito no mercado de artes...
Essa síntese faz com que Ed Carlos chegue a feliz conclusão de que ”Alagoinhas é história e isto a torna uma cidade com identidade cultural"... (Veja matéria na íntegra, clicando aqui).
Luna Mattos - Revista Acia Divulga - setembro de 2010
Ed Carlos e seus três irmãos ficaram órfãos ainda muito cedo. Mas nem por isso ele deixou seu talento escorrer pelas mãos; ao contrário: O artista, que completou 30 anos, participa, desde 2000, dos eventos da Casa do Poeta, com cerca de 30 composições publicadas em antologias, jornais e outros meios na Bahia e no Rio de Janeiro. Além de poesias, ele também escreve críticas de arte para os jornais Folha da Terra e Gazeta dos Municípios, ambos de Alagoinhas.
Mas sua grande paixão é mesmo a pintura e o desenho. Tanto é que optou por cursar nível superior em artes plásticas pela Escola de Belas Artes (EBA) da UFBA — entre 2003 e 2007 — e atualmente se dedica aos estudos de Mestrado em Artes Visuais, também na EBA-UFBA, onde desenvolve pesquisa sobre retratos de família.
O jovem artista tem participado ativamente do cenário cultural da região nos últimos três anos. Foram várias as apresentações em 2007. Dentre as principais, temos a XIII Expo gravura - Exposição de Gravuras na Escola de Belas Artes-, organizada pelo Departamento de Expressão Gráfica Tridimensional da EBA — UFBA, ocorrida entre os meses de fevereiro e março. Promovida pela mesma instituição, a I Feira de Gravura, fixada na Galeria do Aluno em junho do mesmo ano, também conta com seus trabalhos. Dias depois, no mesmo local, acontece o evento de extensão Multidimensões—1 Expo- Feira, também da EBA, no qual Ed participa na condição de expositor.
Intestinos da Cidade é o nome da exposição feita em conjunto entre a graduação e o mestrado da instituição, montada no Centro Cultural Danemann, em julho de 2007, na cidade de Cachoeira, e organizada pela professora Drª. Graça Ramos. Em novembro do mesmo ano, a exposição Nova Expressões da Gravura, que aconteceu na Galeria do Aluno da Escola de Belas Artes da UFBA, também contou com , participação do artista. Já a exposição Retratos de Família: Uma Sincera Homenagem, aconteceu no Museu Geológico da Bahia, entre os meses de novembro e dezembro de 2007.
Mesmo estando ainda em início de carreira, Ed já tem se destacado em mostras individuais, sendo selecionado para participar de várias exposições coletivas, a exemplo da Bienal de Arte, Design e Cultura da UFBA, que aconteceu em maio de 2008, com o tema ”Santo de Casa faz Milagres", e da Mostra Universitária de Artes Visuais, logo depois. Ainda em novembro do mesmo ano, foi designado pela Faculdade de Arquitetura da UFBA para participar do Primeiro Salão Arte Cidade, que aconteceu na EBA, com a obra Face da Solidão I. Nesse ínterim, no referido ano, também contou com a participação de Ed Carlos na IX Bienal do Recôncavo da Bahia.
Em abril de 2009, o artista promoveu a Exposição Gêneros da Pintura na ACIA, onde foi recebido por Reynaldo Barbosa, diretor da Associação, e fez questão de frisar a gratidão pela oportunidade. Com certeza não vai parar por aí: sempre otimista, o artista possui projetos de uma série de exposições em sua cidade natal, como meta de realização profissional na área de sua vocação.
Ed Carlos segue a tendência da arte figurativa, ou seja, de cunho realista ou acadêmico, e sua principal influência é o americano Alex Katz. Mas não deixa de ser original, conforme ele mesmo afirma "meu traço é o meu estilo, minha forma de pintar e desenhar/’ Quanto a temática, o pintor é adepto, sobretudo, do retrato, porém ele se aventura em qualquer outro gênero da pintura, tais como: paisagem, natureza-morta, nu, floral, casarios, abstrato, animais e marinhas. Em suas telas, faz uso dos materiais tradicionalmente usados para pintura e desenho, ou seja, lápis grafite, lápis de cor, carvão, sanguínea, sépia, giz de cera, pastéis oleoso e seco, aquarela, guache, acrílico, nanquim, hidrocor e técnica mista.
O que faz o ”nome" de um artista plástico, sob o ponto de vista de Ed, é o trabalho bom, belo, inteligente e bem aceito no mercado de artes...
Essa síntese faz com que Ed Carlos chegue a feliz conclusão de que ”Alagoinhas é história e isto a torna uma cidade com identidade cultural"... (Veja matéria na íntegra, clicando aqui).
Luna Mattos - Revista Acia Divulga - setembro de 2010
Veja também:
ARTE CONTEMPORÂNEA
Vivemos na era contemporânea, a arte de hoje é sinônimo. de ousadia, liberdade, criatividade e imposição. Esta é uma época de ideias de obras de artes, não quer dizer que tais obras necessariamente sairão do papel algum dia, elas existem no mundo das ideias, ou melhor, no universo dos conceitos, do discurso poético.
As bienais, salões e/ou concursos artísticos, elevaram a arte ao status de conceito. Por um tempo ela perdeu a primazia da beleza e o discurso ganhou ênfase no fazer arte na contemporaneidade.
E Atualmente o legado de séculos de história da arte resume-se em experimentações. Estes usam os mais diversos materiais desde os mais insólitos possíveis, como no caso do artista plástico paulista Vik Muniz, que usa chocolate e Katchup para compor seus retratos, ou mesmo o baiano de Santo Amaro da Purificação; Marep, que arrancou um muro e despachou para a Bienal de São Paulo, sob a égide do pensamento Duchampiano.
A arte contemporânea é desafio, uma busca do não criado, em um mundo onde tudo já existe artisticamente falando. É um ataque as mentes mais conservadoras, que as instigam a tentar desvendar o "enigma da esfinge" por assim dizer, é uma tirania da criatividade humana.
Ed Carlos
ARTE CONTEMPORÂNEA
Vivemos na era contemporânea, a arte de hoje é sinônimo. de ousadia, liberdade, criatividade e imposição. Esta é uma época de ideias de obras de artes, não quer dizer que tais obras necessariamente sairão do papel algum dia, elas existem no mundo das ideias, ou melhor, no universo dos conceitos, do discurso poético.
As bienais, salões e/ou concursos artísticos, elevaram a arte ao status de conceito. Por um tempo ela perdeu a primazia da beleza e o discurso ganhou ênfase no fazer arte na contemporaneidade.
E Atualmente o legado de séculos de história da arte resume-se em experimentações. Estes usam os mais diversos materiais desde os mais insólitos possíveis, como no caso do artista plástico paulista Vik Muniz, que usa chocolate e Katchup para compor seus retratos, ou mesmo o baiano de Santo Amaro da Purificação; Marep, que arrancou um muro e despachou para a Bienal de São Paulo, sob a égide do pensamento Duchampiano.
A arte contemporânea é desafio, uma busca do não criado, em um mundo onde tudo já existe artisticamente falando. É um ataque as mentes mais conservadoras, que as instigam a tentar desvendar o "enigma da esfinge" por assim dizer, é uma tirania da criatividade humana.
Ed Carlos
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