Depois de favorecer Pernambuco, agora o ministro Fernando Bezerra vai explicar por que favoreceu o próprio filho.
Carlos Newton
Em pleno fim de semana, o Ministério da Integração Nacional e o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE) divulgaram notas em que negam o favorecimento do jovem parlamentar na liberação de emendas da pasta comandada pelo pai. Aproveitando a época de chuvas, pái e filho tentam tapar o sol com uma peneira, como se dizia antigamente, pois todos sabem que o deputado-herdeiro pernambucano foi o parlamentar com maior valor em recursos liberados em 2011 pelo ministério.
Segundo dados do sistema Siga Brasil (mantido pelo Senado e que acompanha diariamente a execução orçamentária do governo federal), o deputado Fernando Bezerra Filho teve liberados R$ 9,1 milhões em emendas, ou seja, emplacou o total apresentado por ele ao Orçamento 2011, não falhou uma só emenda.
O Ministério da Integração Nacional (ou seria Entregação?), comandado pelo ministro Fernando Bezerra Coelho, coincidentemente pai do sortudo deputado, afirma que outros 43 parlamentares tiveram emendas empenhadas em percentual e valor equivalente. “O Ministério da Integração Nacional zela pela correta distribuição de emendas parlamentares utilizando critérios em consonância com as atribuições finalísticas do ministério”, diz a nota.
Levantamento feito pela Folha, porém, mostrou que nenhum deputado teve liberações acima do total registrado pelo filho do ministro, mesmo os parlamentares que apresentaram emendas que totalizam valor maior.
O deputado Coelho Filho, também em nota, diz que apresenta emendas ao orçamento da Integração Nacional desde o exercício de 2009, “antes, portanto, da entrada do pai no ministério”, o que ocorreu em janeiro de 2011 e que, nas gestões anteriores, teve melhor execução de emendas. Será?
Detalhe interessante:
As verbas pedidas pelo filho do ministro são vinculadas a projetos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). A empresa era presidida por Clementino Coelho, irmão do ministro.Amanhã o ministro comparece ao Senado, para se explicar. Apesar de o Legislativo estar em pleno recesso, a audiência já foi garantida. O plenário da comissão estará cheio – de jornalistas, é claro.
MAIS UMA BLINDAGEM…
Para não fugir à rotina, o Palácio do Planalto está trabalhando para preservar o ministro Fernando Bezerra (Integração), como forma de não ampliar o saldo de ministros que deixaram o governo Dilma Rousseff, segundo reportagem de Natuza Nery e Leandro Colon, publicada na Folha de domingo.
A orientação para blindá-lo tem dois pressupostos. A tentativa de resistir ao que é considerado pelo governo como uma campanha para derrubá-lo, às vésperas da reforma ministerial, e o temor do desgaste com o PSB, partido do ministro.
Traduzindo: ao invés de demiti-lo, a solução do Planalto é prestigiá-lo, da mesma forma como fez com Palocci, Nascimento, Rossi, Novais, Silva e Lupi. Ou seja, nada de novo no front ocidental.
Fonte: tribunadaimprensa.com.br
Carlos Newton
Em pleno fim de semana, o Ministério da Integração Nacional e o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE) divulgaram notas em que negam o favorecimento do jovem parlamentar na liberação de emendas da pasta comandada pelo pai. Aproveitando a época de chuvas, pái e filho tentam tapar o sol com uma peneira, como se dizia antigamente, pois todos sabem que o deputado-herdeiro pernambucano foi o parlamentar com maior valor em recursos liberados em 2011 pelo ministério.
Segundo dados do sistema Siga Brasil (mantido pelo Senado e que acompanha diariamente a execução orçamentária do governo federal), o deputado Fernando Bezerra Filho teve liberados R$ 9,1 milhões em emendas, ou seja, emplacou o total apresentado por ele ao Orçamento 2011, não falhou uma só emenda.
O Ministério da Integração Nacional (ou seria Entregação?), comandado pelo ministro Fernando Bezerra Coelho, coincidentemente pai do sortudo deputado, afirma que outros 43 parlamentares tiveram emendas empenhadas em percentual e valor equivalente. “O Ministério da Integração Nacional zela pela correta distribuição de emendas parlamentares utilizando critérios em consonância com as atribuições finalísticas do ministério”, diz a nota.
Levantamento feito pela Folha, porém, mostrou que nenhum deputado teve liberações acima do total registrado pelo filho do ministro, mesmo os parlamentares que apresentaram emendas que totalizam valor maior.
O deputado Coelho Filho, também em nota, diz que apresenta emendas ao orçamento da Integração Nacional desde o exercício de 2009, “antes, portanto, da entrada do pai no ministério”, o que ocorreu em janeiro de 2011 e que, nas gestões anteriores, teve melhor execução de emendas. Será?
Detalhe interessante:
As verbas pedidas pelo filho do ministro são vinculadas a projetos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). A empresa era presidida por Clementino Coelho, irmão do ministro.Amanhã o ministro comparece ao Senado, para se explicar. Apesar de o Legislativo estar em pleno recesso, a audiência já foi garantida. O plenário da comissão estará cheio – de jornalistas, é claro.
MAIS UMA BLINDAGEM…
Para não fugir à rotina, o Palácio do Planalto está trabalhando para preservar o ministro Fernando Bezerra (Integração), como forma de não ampliar o saldo de ministros que deixaram o governo Dilma Rousseff, segundo reportagem de Natuza Nery e Leandro Colon, publicada na Folha de domingo.
A orientação para blindá-lo tem dois pressupostos. A tentativa de resistir ao que é considerado pelo governo como uma campanha para derrubá-lo, às vésperas da reforma ministerial, e o temor do desgaste com o PSB, partido do ministro.
Traduzindo: ao invés de demiti-lo, a solução do Planalto é prestigiá-lo, da mesma forma como fez com Palocci, Nascimento, Rossi, Novais, Silva e Lupi. Ou seja, nada de novo no front ocidental.
Fonte: tribunadaimprensa.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário