Arcebispo de Nova Iorque fala de estratégias de comunicação da Igreja na abertura do Congresso da Faculdade de Comunicação Institucional na Universidade da Santa Cruz em Roma
"Já passaram os tempos em que bispos velhos, gordos e carecas como eu eram os melhores porta-vozes da Igreja: precisamos de leigos competentes que a representem", declarou ontem o cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, na abertura do XI Seminário Profissional de Escritórios de Comunicação da Igreja, promovido pela Faculdade de Comunicação Institucional da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.
O arcebispo falou dos "desafios culturais para os comunicadores da Igreja" e ofereceu "sete observações" sobre como realizar uma comunicação institucional eficaz, fruto, inclusive, da sua experiência como bispo em contato com os jornalistas. O purpurado contou inúmeros casos dos quais surgiu uma atitude original e positiva para com a mídia. Dolan destacou a importância de se ter "um verdadeiro senso de profissionalismo em tudo o que fazemos, já que o modo de dizermos algo é tão importante quanto o que dizemos", explicou. O purpurado afirmou também que "nunca temos que ter medo de dizer a verdade", mesmo em situações desagradáveis para a instituição, porque "as pessoas querem e esperam transparência da Igreja".
O cardeal disse que "devemos responder com caridade e amor" a possíveis ataques, praticando "o convite de Jesus a oferecer a outra face, sem responder aos insultos com palavras duras".
O próprio Dolan prometeu a si mesmo que não concederá nenhuma entrevista sem mencionar o nome de Jesus, porque, no fundo, "se me pedem uma entrevista, é porque eu sou um pastor, não porque eu seja prefeito".
O congresso vai de 28 a 30 de abril com o título “Comunicação da Igreja: estratégias criativas para promover uma mudança cultural”. O seminário pretende proporcionar "experiências positivas e critérios para comunicar a fé de modo criativo na esfera pública".
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