A PF suspeita que na mesma época da assinatura do contrato uma negociação tinha como foco a venda de 7% das cotas das empresas Ecoglobal para um grupo que contava com a participação do doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba. A transação se deu através da Quality Holding, de propriedade de Youssef, e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras e representado no negócio pela Sunset Global Participações. Do negócio, estimado em R$ 18 milhões, participou uma terceira empresa, a Tino Real Participações.
Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que a cessão de cotas estava condicionada à conclusão do contrato da Petrobras com a Ecoglobal. Uma carta-proposta, classificada como confidencial e assinada pelos envolvidos no negócio, foi localizada pelos policiais.
Os investigadores apontam que o próprio negócio da cessão de cotas é condicionado à efetivação do contrato da Ecoglobal com a Petrobrás. A PF localizou carta-proposta confidencial subscrita pelos negociantes e datada de 18 de setembro de 2013. A suspeita da PF está no fato de uma empresa, com contrato no valor de R$ 443 milhões, decida vender 75% das cotas por apenas R$ 18 milhões.
O desdobramento da Operação Lava-Jato explica o nervosismo que se instalou no Palácio do Planalto diante da possibilidade de uma CPI conseguir abrir a caixa de Pandora da Petrobras. Não por acaso, durante conversa com Dilma, o ex-presidente Lula disse que era preciso inviabilizar a criação da CPI da Petrobras, como quer a oposição.
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