Imagem referencial. Foto: Marc Love (CC BY-SA 2.0) |
LIMA, 04 Abr. 14 / 01:17 pm (ACI)
Os Bispos do Peru denunciaram que o projeto de união civil homossexual, promovido pelo congressista Carlos Bruce, é contrário à ordem natural e “atenta contra a dignidade humana dos peruanos”.
O projeto de lei de união civil homossexual foi apresentado por Carlos Bruce em meados de setembro de 2013, e será revisado nos próximos dias no Congresso do Peru.
Uma pesquisa realizada em novembro de 2013 pela Companhia Peruana de Pesquisas de mercado e Opinião Pública (CPI), revelou que 70 por cento dos peruanos se opõe ao projeto de “união civil de pessoas do mesmo sexo”, do Carlos Bruce.
Em seu comunicado, assinado em 3 de abril de 2014, a Conferência Episcopal Peruana (CEP) advertiu que “a proposta de união civil entre pessoas do mesmo sexo contraria a ordem natural, distorce a verdadeira identidade da família, contradiz a finalidade do matrimônio, atenta contra a dignidade humana dos peruanos, ameaça a sã orientação das crianças e menoscaba o mais sólido fundamento de nossa sociedade, que aspira a um desenvolvimento humano integral”.
“Seus defensores invocam o direito à igualdade, mas esquecem da realidade das inegáveis e naturais diferenças preciosas e complementares do ser humano”, assinalou a CEP.
Os Bispos peruanos destacaram que “a família é a célula natural, primeira e fundamental da sociedade. Assim o consagraram as mais importantes declarações internacionais sobre a matéria”.
“A família é anterior à lei e ao Estado. Não é uma criação humana, mas uma instituição de Direito Natural que está inscrita na mesma natureza humana”.
Os Prelados criticaram que “o projeto de lei de união civil entre pessoas do mesmo sexo que vem sendo promovido junto ao Congresso da República contém elementos jurídicos típicos do matrimônio, o que manifesta que, além da denominação da norma, pretende-se equiparar o matrimônio e a união civil”.
Com isto, advertiram, está-se “preparando o caminho para introduzir no Peru o matrimônio homossexual com a possibilidade de adotar crianças, que estariam privadas de seu direito natural a ter um pai e uma mãe”.
A CEP recordou que, tal como indica o Livro do Gênesis, “Deus os criou ‘homem e mulher’”, e precisou que “esta diversidade e complementariedade sexual tampouco é um mandato da pessoa humana, nem do Estado, nem da lei, mas é criação de Deus para o bem do gênero humano”.
“O matrimônio é a união natural e perpétua do homem e da mulher que, em uma comunidade de vida, de maneira digna, procura o próprio bem dos cônjuges, a geração responsável dos filhos e a melhor educação destes”.
Os Bispos indicaram que “os católicos são conscientes de que todas as pessoas têm direitos iguais, por isso rechaçamos qualquer forma de discriminação. Entretanto, também sabemos que na busca da verdadeira justiça, é indispensável respeitar as inegáveis diferenças naturais e complementares entre o homem e a mulher”.
“Como pastores da Igreja no Peru, reafirmamos nosso amor e solicitude por todos os peruanos, independentemente de sua identidade ou orientação sexual, e ao mesmo tempo lhes recordamos que as portas da Igreja estão abertas para todos e os convidamos a comprometer seus melhores esforços na construção de uma sociedade justa e pacífica, onde se respeite a dignidade de cada pessoa e os elementos próprios da natureza humana”.
Ao concluir sua mensagem, a Conferência Episcopal Peruana convidou “os membros do Congresso da República a defender os inalienáveis valores da família, como o pede a Constituição Política do Peru e o sentir da maioria dos peruanos a quem vocês representam”.
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