sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

PETROLÃO: Discurso de Lula em “ato em defesa” da Petrobras não foi apenas irresponsável — foi também burro

Lula falando no ato “em defesa da Petrobras” no Rio:
lá pelas tantas, no afã de criticar os adversários,
desvalorizou seus próprios feitos
(Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo)
PETROLÃO: Discurso de Lula, o Grande Impostor, em “ato em defesa” da Petrobras não foi apenas incendiário e irresponsável — foi também burro

O discurso de Lula, o Grande Impostor, pronunciado ontem à noite no ato de “defesa da Petrobras”, no Rio — devidamente em sala fechada, com platéia inteiramente favorável, escolhida a dedo –, não foi apenas incendiário e irresponsável.

Irresponsável ao citar como de alguém de quem se tem “saudades”, o carniceiro Saddam Hussein, falecido ditador do Iraque, durante cujo tempo “se vivia em paz”.

Incendiário quando, ao falar em “defesa da democracia” — quando estão entre eles, os lulopetistas, aqueles que a detestam e desprezam –, disse aquela que é até agora a frase do ano:

– Quero paz e democracia, mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas.

Stédile, como se sabe, é João Pedro Stédile, líder dos baderneiros do MST, que zombam da Constituição e das leis, miram-se na revolução cubana, pregam a violência, invadem propriedades e gostam tanto da democracia como os generais da Coreia do Norte.

Lula, portanto – aquele mesmo Lula que jactou-se de que iria “ensinar” a Fernando Henrique Cardoso como deveria se comportar um ex-presidente –, quer “paz e democracia” ameaçando colocar nas ruas um “exército” de baderneiros com apreço ZERO pela democracia.

Mas o discurso foi também burro, de uma burrice pétrea, siderúrgica, de ferro.

O discurso foi burro até a última vogal quando o Grande Embusteiro, batendo de novo na imprensa — desta vez pela forma como vem cobrindo a Operação Lava Jato –, referiu-se a uma suposta “criminalização da ascensão de uma classe social neste país” e sentenciou:

– As pessoas subiram um degrau e isso incomoda a elite.

Não incomoda, não, Grande Embusteiro! Pode incomodar meia dúzia de “mulheres ricas” em reality shows de TV, mas a elite — os industriais, o grande comércio, os banqueiros — ficou FELIZ com a “subida de um degrau” das “pessoas”.

Por uma razão óbvia, gritante, escancarada, conhecida de todos: “subindo um degrau”, as pessoas passaram a consumir mais, a comprar mais, a desfrutar de mais lazer, a movimentar mais dinheiro, chegando até — graças a Deus — a poupar. Isso tudo sob os aplausos mais calorosos dos potentados da elite, que passam a ganhar mais dinheiro.

A “elite” representada, digamos, por donos de grandes supermercados, ficou “incomodada” porque passou a vender muito mais?

A “elite” personificada pelas grandes cadeias de roupas e calçados a preços acessíveis ficou “incomodada” porque seu movimento aumentou consideravelmente?

A “elite” com as vestimentas dos fabricantes de carros populares ou da rede de revendedores de veículos usados ficou “incomodada” porque viu incorporada aos consumidores uma nova classe social?

A “elite” travestida de indústria farmacêutica revelou-se “incomodada” porque milhões de pessoas mais passaram a ter acesso a medicamentos, sobretudo genéricos, como nunca antes?

CLARO QUE NÃO!

Essa “elite” só está furiosa e bufando agora, passado um mandato da presidente Dilma e iniciado o segundo, quando a incompetência, a roubalheira — veja-se o petrolão, vejam-se as obras superfaturadas –, a gastança descontrolada e o desgoverno levaram a inflação a recobrar fòlego, a economia parar de crescer e o fantasma do desemprego tornar a assombrar os brasileiros.

A “elite” está “incomodada” por ter um governo pífio, incompetente, mequetrefe, onde só se salva a equipe econômica, que só Deus sabe quanto tempo se aguentará em pé — uma vez que, passados 56 dias de gestão Dilma, não se viu uma só vez a presidente dizer em alto e bom som que a política de austeridade iniciada pelo ministro da Fazenda dispõe de seu total apoio.

Ao proferir a torrente de asneiras sobre como as “elites” não suportam a ascensão social de brasileiros, Lula desvaloriza seu próprio trabalho, do qual, em outras circunstâncias, tanto se vangloria — ao dizer que não sei quantos milhões de brasileiros saíram supostamente da pobreza, que não sei quantos milhões de brasileiros chegaram “à classe média”.

Trabalho esse, diga-se uma vez mais, a bem da verdade, iniciado com a “rede de proteção social” concebida no governo do presidente Fernando Henrique, com base em políticas que começaram a ser aplicadas, antes da chegada de FHC ao poder, pelo falecido prefeito de Campinas José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), em seu segundo mandato (1993-1996), logo implantadas a partir de 1995 no Distrito Federal pelo então governador e hoje senador Cristovam Buarque (ex-PT, hoje PDT).

Esse aspecto do discurso, portanto, foi duplamente burro.

Quem tiver estômago para ouvir os disparates de Lula — que uma vez mais dividiu os brasileiros, ao acusar furiosamente a “eles” — podem apreciar o vídeo abaixo:
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/petrolao-discurso-de-lula-o-grande-impostor-em-ato-em-defesa-da-petrobras-nao-foi-apenas-incendiario-e-irresponsavel-foi-tambem-burro/.

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