Despacho do juiz Sérgio Moro determinando a condução coercitiva de Lula |
Amarelão mudou de ideia após saber da condução coercitiva e ouvir advogado
Por: Felipe Moura Brasil
1) “Se o juiz (Sergio) Moro quisesse um depoimento, era só pedir. Jamais recusaria prestar um depoimento.”
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Essa foi uma das declarações de Lula na sexta-feira (4) após ser conduzido coercitivamente a depor.
O relato ao juiz Sérgio Moro feito pelo delegado da PF que conduziu Lula desmente o petista.
Quando Luciano Flores solicitou a Lula que deixasse o local para a colheita do depoimento antes da chegada da imprensa, ou pessoas que pudessem filmar o ato, eis o que aconteceu:
“Naquele momento, foi dito por ele [Lula] que não sairia daquele local, a menos que fosse algemado. Disse ainda que se eu quisesse colher as declarações dele, teria de ser ali.”
Ou seja: tanto não era só pedir a Lula para depor que ele recusou o pedido feito inicialmente. Mas entendo: Lula queria um “save the date” com meses de antecedência, seguido de um convite por correio com RSVP (que ele decerto responderia ao STF).
O delegado lhe disse então que não seria possível fazer a oitiva ali por questões de segurança, e que havia um local preparado para o ato, no aeroporto de Congonhas.
“Disse ainda que, caso ele se recusasse a nos acompanhar naquele momento para o Aeroporto de Congonhas, eu teria que dar cumprimento ao mandado de condução coercitiva que estava portando, momento em que lhe dei ciência de tal mandado”, explicou Luciano Flores.
Foi aí que Lula telefonou para o advogado Roberto Teixeira, relatando a situação.
“Logo depois de ouvir as orientações do referido advogado, o ex-Presidente disse que iria trocar de roupa e que nos acompanharia para prestar as declarações”, relatou.
A PF considerou cumprido o mandado de condução coercitiva.
Lula considerou que valia a pena o mimimi.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil.
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