As declarações do senador Walter Pinheiro à revista Veja
responsabilizando o PT pelo esquema de desvio de verbas para campanhas
da legenda na Bahia por meio do Instituto Brasil jogaram sua reputação
no partido, que já não era nada boa, no chão.
A avaliação na cúpula partidária, onde se encontra em posição de destaque o governador Jaques Wagner, é de que Pinheiro simplesmente implodiu toda a estratégia de defesa montada pelos petistas para enfrentar o problema no auge de uma campanha dificílima.
Como o candidato a governador do PT, Rui Costa, virou o principal alvo da denúncia da presidente da ONG, Dalva Sele Paiva, que estava sob investigação desde 2009, embora nunca tivesse mencionado seu nome antes, a estratégia na sigla era buscar caracterizar as acusações como requentadas e eleitoreiras.
Ao afirmar, no entanto, que o PT lhe pregou uma peça, como se referiu ao fato de ter tido ajuda para sua campanha a prefeito em 2008 da ONG por indicação do partido, Pinheiro desmontou a reação do PT.
Para piorar o “climão” criado no partido em torno de Pinheiro, logo depois que a reportagem circulou, o senador negou, em nota à imprensa baiana, que tivesse dado as declarações publicadas, o que foi desmentido pelos áudios de sua entrevista, divulgados calculadamente em resposta pela Veja.
Já há quem, no PT, fale numa situação de constrangimento que leve o senador a afastar-se da legenda, embora o assunto deva ser abordado só depois das eleições, para evitar que o escândalo se potencialize neste momento.
“Não tem para onde ir. O ciclo de Walter Pinheiro encerrou no PT, porque o que ele fez não se faz, principalmente num momento tão delicado como o desta campanha”, disse um membro do primeiro escalão do partido com acesso direto ao governador.
Segundo ele, Wagner, no entanto, não se surpreendeu com o comportamento do senador. “Não esperava nada diferente desse rapaz”, teria afirmado um governador irritadíssimo, quando a reportagem contra o PT baiano foi publicada na Veja, seguida de uma resposta de Pinheiro no site da revista.
Mesmo depois que o senador apressou-se em desmentir as declarações dadas à publicação – que a Veja comprovou, com os áudios, terem sido verdadeiras –, Wagner não alterou sua avaliação, segundo a mesma fonte.
De acordo com ela, o governador revelou que, como conhecia muito bem Pinheiro, sabia que ele havia dado exatamente aquelas declarações. O senador havia desconsiderado recomendações para que não respondesse à Veja, considerada no PT, inclusive da Bahia, como principal braço da chamada grande mídia oposicionista, como os petistas mais radicais se referem à publicação.
O fato de Pinheiro nunca ter sido considerado “uma figura confiável” pelo governador teria sido o principal motivo de ele ter sido excluído da indicação para candidato ao governo, apesar de muitos considerarem-no um nome muito mais conhecido, leve e fácil de trabalhar junto ao eleitorado do que o de Rui Costa. Wagner nunca escondeu de ninguém uma profunda irritação com o hábito que, segundo ele, lastimava em Pinheiro de sempre “jogar para a plateia”.
O caso clássico em que o senador teria demonstrado este perfil foi o do “mensalão”, momento em que, tentando também se diferenciar dos companheiros, Pinheiro ameaçou publicamente deixar o PT.
Num dos dois áudios de sua entrevista à Veja, o senador chega a lembrar ao repórter exatamente o seu comportamento no episódio do “mensalão” para demonstrar que não compactuava com os supostos malfeitos dos petistas na Bahia. Foi exatamente na eclosão do mensalão que ele caiu em desgraça com o líder maior do petismo, o ex-presidente Lula.
A avaliação na cúpula partidária, onde se encontra em posição de destaque o governador Jaques Wagner, é de que Pinheiro simplesmente implodiu toda a estratégia de defesa montada pelos petistas para enfrentar o problema no auge de uma campanha dificílima.
Como o candidato a governador do PT, Rui Costa, virou o principal alvo da denúncia da presidente da ONG, Dalva Sele Paiva, que estava sob investigação desde 2009, embora nunca tivesse mencionado seu nome antes, a estratégia na sigla era buscar caracterizar as acusações como requentadas e eleitoreiras.
Ao afirmar, no entanto, que o PT lhe pregou uma peça, como se referiu ao fato de ter tido ajuda para sua campanha a prefeito em 2008 da ONG por indicação do partido, Pinheiro desmontou a reação do PT.
Para piorar o “climão” criado no partido em torno de Pinheiro, logo depois que a reportagem circulou, o senador negou, em nota à imprensa baiana, que tivesse dado as declarações publicadas, o que foi desmentido pelos áudios de sua entrevista, divulgados calculadamente em resposta pela Veja.
Já há quem, no PT, fale numa situação de constrangimento que leve o senador a afastar-se da legenda, embora o assunto deva ser abordado só depois das eleições, para evitar que o escândalo se potencialize neste momento.
“Não tem para onde ir. O ciclo de Walter Pinheiro encerrou no PT, porque o que ele fez não se faz, principalmente num momento tão delicado como o desta campanha”, disse um membro do primeiro escalão do partido com acesso direto ao governador.
Segundo ele, Wagner, no entanto, não se surpreendeu com o comportamento do senador. “Não esperava nada diferente desse rapaz”, teria afirmado um governador irritadíssimo, quando a reportagem contra o PT baiano foi publicada na Veja, seguida de uma resposta de Pinheiro no site da revista.
Mesmo depois que o senador apressou-se em desmentir as declarações dadas à publicação – que a Veja comprovou, com os áudios, terem sido verdadeiras –, Wagner não alterou sua avaliação, segundo a mesma fonte.
De acordo com ela, o governador revelou que, como conhecia muito bem Pinheiro, sabia que ele havia dado exatamente aquelas declarações. O senador havia desconsiderado recomendações para que não respondesse à Veja, considerada no PT, inclusive da Bahia, como principal braço da chamada grande mídia oposicionista, como os petistas mais radicais se referem à publicação.
O fato de Pinheiro nunca ter sido considerado “uma figura confiável” pelo governador teria sido o principal motivo de ele ter sido excluído da indicação para candidato ao governo, apesar de muitos considerarem-no um nome muito mais conhecido, leve e fácil de trabalhar junto ao eleitorado do que o de Rui Costa. Wagner nunca escondeu de ninguém uma profunda irritação com o hábito que, segundo ele, lastimava em Pinheiro de sempre “jogar para a plateia”.
O caso clássico em que o senador teria demonstrado este perfil foi o do “mensalão”, momento em que, tentando também se diferenciar dos companheiros, Pinheiro ameaçou publicamente deixar o PT.
Num dos dois áudios de sua entrevista à Veja, o senador chega a lembrar ao repórter exatamente o seu comportamento no episódio do “mensalão” para demonstrar que não compactuava com os supostos malfeitos dos petistas na Bahia. Foi exatamente na eclosão do mensalão que ele caiu em desgraça com o líder maior do petismo, o ex-presidente Lula.
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