Nesta quinta-feira (25), policiais
federais realizam uma operação nas imediações da avenida Tancredo Neves,
em Salvador, e também em Brasília, Distrito Federal. Segundo
informações obtidas pela reportagem do Bocão News, a polícia vai cumprir 14 mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo bancário e fiscal.
Em abril desse ano, foi denunciado uma
fraude na licitação de um contrato de R$34 milhões para fornecer carros
para Ministério da Saúde, sob a suspeita de haver participação de
servidores.
Uma das licitações suspeita aconteceu no
Distrito Especial Indígena (DSEI), na Bahia, em março de 2013. A
vencedora do processo foi a empresa San Marino Locação de Veículos, de
Brasília. Como a contratação prevista era acima de R$ 10 milhões, a
licitação teve que ser autorizada pelo então ministro da Saúde,
Alexandre Padilha (PT), atual pré-candidato ao governo de São Paulo.
Na época, por meio de nota, o Ministério
da Saúde confirmou ter constatado uma oscilação considerável nos preços
pagos para as locações de veículos. Deu como exemplo o aluguel de
caminhonetes. Enquanto o DSEI de Rondônia pagava R$ 10.558,33 por mês
por cada carro, o DSEI de Cuiabá pagava R$ 20.500,73. A diferença também
era constatada no aluguel de vans. Na Bahia, o aluguel era de R$
20.220,00. No Mato Grosso, de R$ 25.302.
Os modelos dos contratos também
despertaram suspeitas. Na Bahia, foram localizados contratos com
validade de dois anos, em vez de um ano. O ministério informou que
contratos, mesmo sob suspeita, continuam vigentes, para evitar prejuízos
para população. Os valores, no entanto, deverão ser renegociados.
Até 2010, a política de saúde indígena
era conduzida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Depois de casos
de corrupção, acusações de apadrinhamento e por reivindicação de parte
das lideranças indígenas, a Secretaria Especial de Saúde Indígena foi
criada.
Foto: Vinicius Ribeiro // Bocão News
Fonte: http://www.bocaonews.com.br/noticias/policia
Foto: Vinicius Ribeiro // Bocão News
Fonte: http://www.bocaonews.com.br/noticias/policia
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