Pano quente – Como antecipou com exclusividade o UCHO.INFO, em 29 de agosto de 2014, a Operação Lava-Jato subiu a rampa do Palácio do Planalto, colocando na alça de mira a presidente Dilma Vana Rousseff, além de seu antecessor, o agora lobista de empreiteira Lula. As investigações da Polícia Federal não chegaram a Dilma apenas por causa da compra da superfaturada e obsoleta refinaria de Pasadena, no Texas, mas porque a petista recebeu dinheiro do Petrolão no caixa de suas campanhas (2010 e 2014).
Em países sérios e com autoridades responsáveis, Dilma Rousseff já estaria sendo processada por conta de seu envolvimento no maior esquema de corrupção da história em todos os tempos, mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos pedidos de investigação enviados ao Supremo Tribunal Federal decidiu poupar a presidente da República. Para desistir de investigar a petista, Janot usou como argumento o fato de que as citações feitas a ela referem-se a um período anterior a 2011, quando teve início seu primeiro governo.
O procurador foi além, alegando que a Constituição Federal não permite que o chefe do Executivo seja investigado por qualquer ato não relacionado com o exercício do cargo. Ou seja, a Carta Magna, absolutamente falha nesse ponto, permitirá a Dilma sair impune, enquanto a Petrobras continua enfrentando gravíssimos problemas financeiros.
Se Dilma está blindada pela Constituição, o ex-presidente Lula voltou a ser um cidadão comum no momento em que deixou a Presidência da República, em 31 de dezembro de 2010, portanto passível de ser processado. Lula sempre soube do esquema criminoso que funcionava na estatal, tendo consentido com o mesmo porque precisava manter azeitada a chamada base aliada ao governo no Congresso Nacional.
O Petrolão, que à época não tinha esse nome, foi criado pelo então deputado federal José Janene (PP-PR), em meados de 2005, como forma de substituir o malfadado Mensalão do PT, que se comparado ao escândalo atual é assunto para juizado de pequenas causas. Naquele momento, quando o Mensalão do PT sangrava na CPMI dos Correios, o editor do UCHO.INFO fez vários alertas sobre os primeiros passos do esquema criminoso.
Lula pode até repetir a cantilena de que de nada sabia, mas sua participação no Petrolão não pode ser negada, pois quem conhece os bastidores da política nacional sabe que Janene mandava recados duros ao então presidente da República, inclusive com o uso de palavras de baixo calão. De igual modo, Dilma, que substituiu o “companheiro” José Dirceu no comando da Casa Civil, tinha conhecimento do esquema de corrupção. Tanto é assim, que em algumas ocasiões José Janene patrocinou carneiradas em Brasília apenas para agradá-la.
É preciso que a parcela de bem da população brasileira cobre o procurador-geral da República, pois é inaceitável que os principais responsáveis pelo Petrolão saiam impunes e ainda zombem dos cidadãos que exigem punição aos marginais que pilharam o País. Para quem até recentemente acusava Geraldo Brindeiro, procurador-geral da República na era FHC, de ter atuado como um “engavetador-geral”, o PT arrumou um substituto à altura ou ainda melhor.
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