sábado, 13 de fevereiro de 2016

Lançamento da ficção lulista “Frequentei, mas não fui eu” reúne Dilma, Cardozo e outros militantes do PT

São capítulos cada vez mais edificantes da história deste país

Depois de passar semanas em retiro espiritual junto à sua equipe de ghost-writers jurídicos, Lula reuniu os 36 membros do conselho de seu instituto nesta sexta-feira (12) para o teste final de sua mais aguardada obra de ficção, provisoriamente intitulada “Frequentei, mas não fui eu”.

A imprensa cataloga o lançamento no subgênero “estratégia de defesa”, que consiste em uma história baseada em fatos reais investigados pelas autoridades, mas adaptada conforme as necessidades do autor de salvar a própria pele.

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Os jornalistas amigos receberão os primeiros exemplares, assim que a versão original passar pelo crivo do conselho e for devidamente absorvida pelos aliados e advogados encarregados de repercuti-la com louvores, entre um e outro ataque ao temido “vilão” Sérgio Moro.

Por enquanto, sabe-se apenas que a trama gira em torno de imóveis frequentados pelo alter-ego de Lula, como o tríplex em Guarujá e o sítio em Atibaia, ambos reformados por empreiteiras contratadas pelo governo do suposto Partido dos Trabalhadores e investigadas pela Operação Lava Jato.

Dilma Rousseff garantiu presença no pós-party.

Nem a terceira morte em decorrência do vírus zika no país, nem a perspectiva de aumento do desemprego, de nova queda do PIB e de juros altos, que oneram custos financeiros e inibem vendas, impediram a suposta presidente de viajar de Brasília a São Paulo para prestigiar seu padrinho político.

Leitora voraz de obras das quais não se lembra do título nem da trama, Dilma ficou de encontrar Lula em um hotel para receber as devidas orientações sobre como defender o autor diante da população indefesa.

Na ânsia de se antecipar à Polícia Federal, ao Ministério Público e à própria Justiça, a suposta presidente ainda escalou o suposto ministro José Eduardo Cardozo para decretar de antemão a inocência de Lula, dizendo que sempre o teve “como uma pessoa que se comporta com absoluta lisura”.

A “estratégia de defesa” lulista, como se nota, é um subgênero multimídia de literatura, que transcende o livro, as instituições, a moral e o decoro.

Não que Dilma só se preocupe com o antecessor, é claro.

Para se manter no cargo, ela também está disposta a permitir que, em meio à epidemia de zika, chikungunya e dengue, o ministro da Saúde, Marcelo de Castro (PMDB-PI), deixe o ministério por um dia para votar no governista Leonardo Picciani para líder da bancada do PMDB na Câmara.

Após o golpe do STF contra o Poder Legislativo, os líderes de bancada ficaram encarregados de escolher com exclusividade os integrantes da comissão especial que analisa e dá o parecer sobre o pedido de impeachment, de modo que vale tudo para garantir um aliado na liderança do maior partido da Casa.

A disputa entre Picciani e Hugo Motta, candidato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é feita voto a voto nos bastidores da República dos Pixulecos.

São capítulos cada vez mais edificantes da história deste país.


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