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Dilma Vana Rousseff foi reeleita, mas é o PMDB, partido sempre governista, o maior vencedor da eleição presidencial de 2014. Caberá ao vice-presidente Michel Temer tocar a complicada “reforma política” que Dilma Rousseff, no seu discurso da vitória reeleitoral, definiu como prioridade. O maçom Temer terá a missão de costurar os conflitantes interesses dos 66 deputados federais do PMDB. Liderados por Eduardo Cunha, que deseja presidir a Câmara, eles prometem um jogo de morde e assopra contra Dilma. O plano consistirá em mantê-la estressada, no córner do ringue, e sempre pronta para atender às demandas da revoltosa base aliada.
Temer deverá intermediar negociações complicadíssimas com os demais 196 parlamentares de partidos do “centrão” - além dos 66 PMDB, 37 do PSD, 36 do PP, 34 do PR, 25 do PTB, 21 do PRB, 11 do PROS, 8 do PV, 5 doPHS, 4 do PTN, 3 do PMN, 3 do PRP, 2 do PSDC, 2 do PTC, 2 do PEN, 1 do PT do B, 1 do PSL e 1 do PRTB (o mega-saladão partidário de Bruzunanga, sempre ávido por cargos, favores e negócios com o poder público). Os partidos totalmente pró-Dilma (PT, PDT e PC do B) têm apenas 99 deputados. Dilma fica refém do tal “centrão” da Câmara.
O grande maçom inglês Michel Temer já está pronto para outra missão de emergência. Temer está “de pé e à ordem” (como diriam seus irmãos maçons) para assumir o trono do Palácio do Planalto, caso Dilma venha a sofrer um impensável e improvável impeachment (apesar de tanta corrupção, que tende a ser abafada pela “vitória” nas urnas). Nas redes sociais, vai começar uma insana luta para tentar derrubar Dilma. Como o “impedimento” é um processo que depende de denúncia do Procurador Geral da República e, depois e mais ainda, da aceitação da denúncia e votação pelo Congresso sob controle, nada deve acontecer contra a “vitoriosa Presidenta”.
Na oposição, certamente sob liderança do senador Aécio Neves, Dilma tentará seduzir, com muita dificuldade, parte dos 147 parlamentares que apostaram nos tucanos no segundo turno: 54 do PSDB, 34 do PSB, 22 do DEM, 15 do SD, 12 do PSC e 10 do PPS. Os 5 do PSOL funcionam mais como críticos radicais que aliados do PT. Só fecham com o petismo nas dogmáticas questões ideológicas de esquerda. Assim, na contabilidade política final, dos 513 deputados, Dilma tem condições de governar com a maioria estável de 304 parlamentares. O número dá para empurrar goela abaixo dos brasileiros a “revolução” sonhada pelos nazicomunopetralhas.
Também não vai ser fácil para Dilma conter o stalinismo nazicomunopetralha. O discurso da estrela reeleita foi ontem interrompido, longos segundos, pelo violento grito de um velho slogan brizolista (do qual Dilma é adepta): “O povo não é bobo; abaixo a Rede Globo”. Ironicamente transmitido ao vivo pela própria emissora condenada pela fúria dos “combativos militantes” ali exaltados pela Presidenta, o refrão radicalóide foi o primeiro sinal de que o stalinismo vai atrapalhar a tal “conciliação nacional” prometida pela triunfante Dilma. O presidente do PT, Rui Falcão, no palco da vitória, ajudou a incitar a massa na mensagem contra a Globo (em um recado ameaçador que, simbolicamente, vale para todos os veículos e jornalistas que ousarem continuar na oposição ao governo petista).
No primeiro discurso, Dilma nem tocou no tema corrupção – que será a maior ameaça a sua governabilidade. Dilma preferiu falar no sentimento de mudança e de reforma – sobretudo a política. O PT e seus aliados farão de tudo para consolidar o modelito capimunista de politicagem – estatizando ainda mais a ação política sob comando do grupo que tem hegemonia. A tal “reforma” deverá implantar o absurdo financiamento público de campanha, a extinção, na prática, do voto direto para vereadores e deputados, através do voto na legenda que vai empregar no parlamento quem estiver nas listas partidárias fechadas, dentre outras malvadezas anti-democráticas menos votadas... (Continuar lendo AQUI).
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