domingo, 23 de setembro de 2012

O governo Wagner e a indústria da seca


A Bahia vive a maior seca dos seus últimos 30 anos, que nos últimos meses já levou 158 municípios à situação de emergência, afetando cerca de dois milhões de baianos e provocando a perda de mais de 25% da produção agrícola do estado e a quase totalidade da produção de milho e feijão, além de causar sérios prejuízos à pecuária.

É óbvio que a seca é um fenômeno climático e não político. Não é, evidentemente, o governo petista de Jaques Wagner que tem feito não chover em algumas áreas do estado desde início de 2011. Mas, há muitos anos a Bahia não tem uma política tão pífia de combate à seca quanto à do atual governo.

A administração petista de Wagner trata a seca como sempre trataram as velhas oligarquias baianas que vicejaram ao longo de todo o século passado e geraram a famosa “indústria da seca”. Os políticos ganhavam votos com a seca, então por que adotar medidas que tornassem possível conviver minimamente com essa situação?

Por que motivos, portanto, o governo petista que assola a Bahia desde 2006 não desenvolve uma política séria, com medidas de caráter permanentes, como a construção de barragens, ações voltadas para a perenização de rios ou um aproveitamento mais efetivo e racional das águas subterrâneas, campo em que o subsolo baiano é rico.

Mas, não é essa a atitude do governo. O negócio de Wagner é fazer cacimbas e trocá-las por votos, como fazem historicamente, há séculos, os coronéis do Nordeste. Para ganhar votos com a seca, o que é bom mesmo é disponibilizar carros-pipa, fazer pequenos sistemas de abastecimento de água e usar as verbas emergenciais do governo federal, do ministério disso, do ministério daquilo. É assim que se ganha voto com a seca e assim continuará a ser, enquanto forem eleitos políticos como Wagner e companhia limitada.

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