sexta-feira, 4 de março de 2016

FINALMENTE, LAVA JATO CHEGA A LULA E LULINHA - ALVOS DE CONDUÇÃO COERCITIVA DA PF POR ORDEM DO JUIZ MORO

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Dia 4 de março de 2016 vai ser histórico! O fato bombástico mais esperado pela oposição aconteceu: a Polícia Federal bateu na porta de Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio - que odeia ser chamado de Lulinha. Foi deflagrada a 24a operação da Lava Jato, batizada de Aletheia - a busca da verdade. Por ordem do juiz Sérgio Moro, cerca de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal cumprem 44 mandados judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. São investigados crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros, relacionados à Petrobras.

Sabe aqueles mísseis intercontinentais que o comuna maluco da Coréia do Norte soltou? Os testes deram absolutamente certo. Um caiu na cabeça da Presidenta Dilma Rousseff e estilhaçou tudo em José Eduardo Cardozo. Outro acertou em cheio o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva. O inferno dele recomeça nesta sexta-feira, com a deflagração de mais uma operação da Lava Jato, a Alethéia, com ações no Instituto Lula, na rua Pouso Alegre, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, no apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo, onde Lula será submetido à vexaminosa "condução coercitiva", e também no apartamento de Lulinha, em Moema. Agentes da PF também estão na sede da Odebrecht, em São Paulo. Paulo Okamoto, sócio e presidente do IL, também entra na dança.

Mesmo no dia em que foi revelado o tamanho assustador da recessão econômica no Brasil, com o pior resultado do PIB em 25 anos, o mercado financeiro reagiu de forma carnavalescamente lucrativa ao fato de a Lava Jato ter chegado ao centro decisório do Palácio do Planalto. A euforia deve se repetir hoje com o estouro da Alethéia - palavra grega que significa "o não-oculto", não-escondido, não-dissimulado. Na visão aletheana, ” a verdade é a manifestação daquilo que é ou existe tal como é".

Ontem, Lula tomou outro tiro mortal além do míssel Delcídio que responsabilizou o ex-Presidente diretamente pelo comando do esquema de corrupção na Petrobras. O Jornal Nacional da Rede Globo divulgou fotografias indiscretas do casal Luiz Inácio e Marisa Letícia visitando o triplex 164-A do Edifício Solaris, de 215 metros quadrados, no Guarujá. Lula foi flagrado junto com o ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, no dia da vistoria de entrega do imóvel. Em depoimento ao Ministério Público, o engenheiro Wellinton Carneiro da Silva confirmou que o imóvel seria destinado à família de Lula. A OAS bancou R$ 777 mil na reforma feita pela empresa Tallento, de engenharia civil.

A casa de Lula já tinha caído com a publicação de 400 páginas de depoimentos do senador Delcídio Amaral. O teor detonou a petelândia e tornou ainda mais insustentável a permanência de Dilma no poder. O comissário Rui Falcão agora quer a expulsão do "traidor". Curioso é o ex-líder do governo no Senado ser classificado pelos petistas como "um sujeito sem credibilidade". O juiz Sérgio Moro e a Força Tarefa da Lava Jato, certamente, pensam diferentemente. Os depoimentos de Delcidio começaram a ser colhidos dia 11 de fevereiro, a quinta-feira logo depois do carnaval e se estenderam dia 14, domingo.

A repercussão no noticiário fritou o desgoverno. As bombásticas revelações quase inibiram os efeitos colaterais da goleada de 10 a zero, no Supremo Tribunal Federal, contra o "inimigo" Eduardo Cunha, novo réu da Lava Jato, O mesmo ocorreu com o fato de o juiz Sérgio Moro ter transformado em preventiva as prisões do marketeiro João Santana (o Tio Patinhas) e da esposa Mônica Moura (a que tem o sorrido da malvada Maga Patalógica).

Se Lula escapar da Lava Jato será mais um milagre de sua blindagem. Delcídio Amaral delatou que Lula "tinha conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu direta e pessoalmente para barrar as investigações, inclusive sendo o mandante de pagamento de dinheiro para tentar comprar o silêncio de testemunhas". O senador petista sustentou que Lula comandou o esquema do pagamento de uma mesada (no valor total de R$ 250 mil) ao ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró para tentar evitar sua delação premiada”. Na versão delcidiana, Lula teria pedido "expressamente para que ele ajudasse o amigo e pecuarista José Carlos Bumlai, porque supostamente ele estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró".

Delcídio pegou ainda mais pesado: "Ao contrário do que afirma o ex-presidente, Bumlai goza de total intimidade com ele, representando de certa maneira o papel de conselheiro da família Lula. Bumlai foi o principal responsável pela implantação do Instituto Lula, disponibilizando todo o aparato logístico e financeiro” Foi também a pessoa que ficou responsável, em um primeiro momento, pelas obras do sítio de Atibaia, do ex-presidente Lula”.

Mais pancada? Sim... Delcidio dedurou que, como líder do governo, foi pressionado por Lula para que os empresários Mauro Marcondes e Cristina Mautoni não fossem depor na CPI do Carf - o Conselho Administrativos de Recursos Fiscais, um tribunal administrativo que julga recursos de empresas contra multas da Receita Federal. Delcídio ponderou que o ex-presidente temia que o casal pudesse implicar seus filhos no escândalo. Delcidio reiterou que "tem conhecimento de que um dos temas que mais aflige o presidente Lula é a CPI do Carf”.

Uma importantíssima revelação de Delcídio se refere a um dos maiores mistérios do escândalo do Mensalão. O senador petista explicou por que Marcos Valério manteve o silêncio, e aguentou puxar cadeia sozinho: o publicitário Marcos Valério, condenado no processo do mensalão, exigiu R$ 220 milhões para se calar na CPI dos Correios sobre o esquema. Delcídio contou que ele e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, tentaram negociar o pagamento, mas que foi o ex-ministro Antonio Palocci quem assumiu a tarefa. Segundo Delcídio, em fevereiro de 2006, ele se reuniu com Okamotto e com o presidente Lula, "sendo que na conversa Delcidio disse expressamente ao presidente: ‘acabei de sair do gabinete daquele que o senhor enviou a Belo Horizonte’. Delcídio alertou: ‘corra, presidente. Senão as coisas ficarão piores do que estão’".

Uma pergunta: O senador Delcídio cometeu suicídio (arakiri petralha)? Talvez... O certo é que deixou o desgoverno Dilma Rousseff sem eira nem beira. A petelândia ficou pt da vida com o vazamento de trechos letais da "colaboração premiada" que até agora não foi confirmada por ninguém. Delcídio Amaral e um de seus advogados, Antonio Augusto Figueiredo Basto (especializado nas delações), não desmentiram se o senador é um delator. Fica uma pergunta no ar: será que o vazamento não aconteceu para, estrategicamente, melar a própria delação?

Se ocorreu a delação, para se tornar oficial e válida como prova condenatória, precisa ser homologada pelo ministro Teori Zavaski. O "cuidador" da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal é quem entra na zona de pressão máxima. Dilma retorna ao inferno, com alto risco de impeachment ou cassação de chapa reeleitoral. E Lula permanece no purgatório, ampliando seu desgaste.

Está bem claro que o negócio é um grande jogo de extorsão política. O mercado ficou eufórico diante da possibilidade de saída mais próxima da Dilma. A bolsa subiu e o dólar caiu no ilusionismo emocional do rentismo. No entanto, na dura realidade dos fatos, estamos longe de Dilma deixar o poder - tão depressa quanto desejável. Se a casa de Lula não cair depois de ontem e da Aletheia, não cai mais...

O PT, que criou gestapos contra os adversários, agora prova do amargo veneno.

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