domingo, 31 de março de 2013

Num papado para o povo, uma “Teologia popular”.



Junto ao esforço de pensar os desafios de uma teologia adequada para os dias atuais, o teólogo José María Castillo (foto) destaca as qualidades do papa Francisco.

Segundo Castillo, “o que mais chama a atenção é a sua desconcertante simplicidade, sua bondade, sua proximidade em relação a todos e, sobretudo, sua insistente preocupação declarada em recuperar uma Igreja pobre ao serviço do povo, especialmente dos povos mais necessitados da terra”. Seu artigo é publicado no blog Teología sin Censura, 27-03-2013. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

1. A raiz da crise da Igreja

Não parece ser nenhum exagero afirmar que, nas últimas décadas, jamais se havia falado tanto da crise da religião e, mais concretamente, da crise na Igreja. Porém, num assunto tão delicado e tão grave como este, não basta se lamentar de escândalos e do dano que provocam os que os cometem. É claro, é importante saber o que ocorre, se é que queremos de verdade apresentar remédio e cortar o mal. Entretanto, se nos limitamos isso, o mal não é cortado. O que importa de verdade é ir diretamente à raiz da crise. Onde está o fundo do problema?

A raiz dos males que afetam a Igreja não está no Vaticano. Nem está na Cúria e nos escândalos que, segundo dizem, ali ocorreram. A raiz da crise que a Igreja sofre está na teologia que legitima um sistema de organização e de governo que, por múltiplos motivos, tolerou e, de fato, permitiu que a gestão das coisas ocorresse de forma que chegamos onde estamos.

É claro, seria injusto e falso afirmar que apenas a teologia, que se costuma ensinar (a que é permitida ensinar) nos seminários e centros de formação religiosa, é a responsável da crise que a Igreja sofre. Uma crise, como esta que padecemos, é motivada por múltiplas e variadas causas, que aqui não é possível enumerar e, menos ainda, analisar. Contudo, não esqueçamos que estou falando apenas da raiz. E essa raiz, insisto, na minha maneira de ver, está na teologia que estão aprendendo os que se preparam para o sacerdócio em seminários, centros de estudos superiores ou de formação catequética e similares... Leia na íntegra AQUI

Autor: José María Castillo

 

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