quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Petrobras está estrangulada financeiramente, diz TCU

Graça Foster, presidente da Petrobras, terá de contornar as dificuldades financeiras da empresa
              (Marcello Casal/Agência Brasil)
 
Estatal amarga um um endividamento de R$ 40,8 bilhões e uma disponibilidade de caixa de apenas R$ 8 bilhões.

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) a ser julgado nesta quarta-feira mostra que a política de estímulo ao consumo da gasolina, adotada pelo governo Dilma Rousseff, aliada a pesados investimentos, conduzem a Petrobras a uma situação de estrangulamento financeiro.

Segundo o TCU, a estatal sobre dos dois lados: enquanto a disponibilidade de caixa da estatal caiu para 8 bilhões de reais em 2012, o endividamento subiu para 40,8 bilhões de reais. Os números refletem a promessa de ampliar a exploração e o refino no país, feita pelo governo Dilma. Para o tribunal, os dois fatores podem dificultar o projeto de expansão para os próximos anos.

Em 2011, a dívida da companhia aumentou de 155 bilhões de reais para 196 bilhões de reais, passivo equivalente a 57% do valor patrimonial. Fora a captação de recursos recorde para viabilizar a prospecção na camada do pré-sal, de 120 bilhões de reais, a partir de 2010 a empresa contraiu empréstimos de longo prazo vultosos, que somam aproximadamente 80 bilhões de reais. “Neste cenário, uma redução na geração de caixa da empresa pode representar risco à capacidade de financiar os projetos”, alerta o Tribunal de Contas da União.

Paralelamente, a geração de recursos foi insuficiente para as demandas expansionistas. Se, ao fim de 2011, o caixa tinha 35,7 bilhões de reais, em 2012 houve queda de 22%, para 27,6 bilhões de reais. Isso em um plano de negócios que prevê investimentos de 47,3 bilhões de dólares até 2016, tendo as atividades operacionais como principal fonte de financiamento... Leia na íntegra

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