Segundo o jornal Valor Econômico, no dia 29 de agosto, quando faltarem 36 dias para o primeiro turno das eleições presidenciais e for divulgado o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, Dilma Rousseff receberá uma notícia ainda pior do que o baixo crescimento de 0,2% registrado no primeiro trimestre em comparação ao fim de 2013. O resultado pode ser negativo, o acumulado em 12 meses ficará abaixo de 2% e estará ainda mais claro que a aposta do seu mandato, de colocar o investimento como motor do crescimento (no lugar do consumo) não decolou.
O PIB do primeiro trimestre mostrou que a economia brasileira está praticamente estagnada há um ano. Entre janeiro e março de 2014, tudo que se produziu ou consumiu no país foi apenas 0,3% maior do que no segundo trimestre do ano passado. Trimestralmente, o PIB do país caiu 0,3% no terceiro trimestre de 2013, subiu 0,4% no último e agora cresceu de novo apenas 0,2%, sempre em relação aos três meses anteriores.
Além de ruim, essa situação tende a piorar. O crescimento do último trimestre de 2013 ficou menor (passou de 0,7% para 0,4%); o investimento caiu 2,1% sobre o fim de 2013 (terceira queda consecutiva em relação ao trimestre anterior, na série trimestral com ajuste sazonal); e o consumo das famílias recuou 0,1%, apesar da renda ainda em alta.
Diante deste quadro caótico, os analistas reduziram o crescimento do PIB para 1,5%. Os analistas Top 5 – os que mais acertam as previsões – mantiveram sua expectativa de Selic em 11,25% até o fim de 2014. Quanto ao IPCA, eles revisaram para cima suas expectativas referentes a este calendário, de 6,58% para 6,60%. A inflação deve estourar a meta de 6,5%.
A Oposição nunca teve tanto espaço e tantas oportunidades para vencer a eleição, mesmo enfrentando o eleitor escravizado pela Bolsa Família e pelo marketing petista. Há que achar o discurso certo. E, principalmente, os canais de comunicação que substituam a TV, onde terá a metade do tempo do governo que em tudo fracassou, menos na sua incrível capacidade de mentir para os mais pobres.
Fonte: #!/caio.portella
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