terça-feira, 20 de março de 2012

SENADO FEDERAL DEDICA SESSÃO À CAMPANHA DA FRATERNIDADE-2012

Brasília (RV) – O Senado Federal homenageou na manhã desta segunda-feira, 19, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pelo lançamento de mais uma Campanha da Fraternidade. A solenidade foi proposta pelo Senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Ao abrir a sessão, o Presidente do Senado, José Sarney, destacou a importância das Campanhas da Fraternidade para a promoção e reflexão de temas relevantes para a realidade brasileira. Ele recordou o ano de 1964, lançamento da primeira edição da CF, lembrando Dom Eugênio Sales e "o jovem Dom Helder Câmara".
Sarney elogiou a ação da CNBB e afirmou que a Campanha da Fraternidade de 2012 está correta em afirmar que a saúde pública no Brasil "não vai nada bem": "A Campanha da Fraternidade tem razão quando diz que o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados desse serviço. Infelizmente, nós lidamos com a ausência de recursos e os investimentos não acontecem na escala necessária".
O Senador Ricardo Ferraço disse que a Campanha da Fraternidade alcança vários níveis sociais, não apenas o cristão. "É importante frisar que as Campanhas da Fraternidade, de longa data, não são voltadas apenas paras as comunidades cristãs, mas sim para todo cidadão, cidadã desse nosso imenso Brasil. A CF é um dos pilares para a construção do edifício da cidadania e da ética neste país", destacou o senador.
Em nome da CNBB, o Secretário-Executivo da Campanha da Fraternidade, Padre Luiz Carlos Dias, agradeceu a homenagem e reafirmou que "a saúde pública não vai bem", apesar de avanços como a redução da mortalidade infantil e o aumento da expectativa de vida no país. O padre também destacou empenho da Igreja Católica pela maior participação da população no controle externo da saúde, incentivando a atuação nos Conselhos Municipais de Saúde.
O Senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) destacou a corrupção como a principal causa da situação precária verificada nos hospitais públicos do país. Para ele, o desvio de recursos tem impedido a estruturação dos serviços nos pequenos municípios, resultando na concentração de médicos nos grandes centros.
Na opinião do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), saúde não é apenas uma questão social, mas uma questão ética. "Dependendo da sua renda, você pode ter uma vida mais longa ou uma vida mais curta. Essa imoralidade não pode continuar", disse.
BF/CNBB)
Fonte: radiovaticana.org

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