terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Gurgel exigirá que Lula e Dirceu expliquem Rosegate e denúncia de Valério sobre chefia e grana no Mensalão


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Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Exclusivo – O Ministério Público Federal vai cobrar do governo por que motivo José Dirceu de Oliveira e Silva se aproveita de benesses oficiais, mesmo não sendo servidor público. Uma das cinco divisões dentro da Polícia Federal flagrou Dirceu sendo transportado, constantemente, em um luxuoso Chevrolet Ômega blindado, com placa não oficial, cedido à Presidência da República em regime de comodato pela General Motors.

Tão grave quanto a mordomia ao ilustre condenado no Mensalão é o fato de ele se comportar, em orgãos públicos, como se ainda fosse membro do governo. O MPF já tem detalhes de um episódio abafado, ocorrido uns sete meses atrás, no setor reservado ao embarque de autoridades do Aeroporto Internacional Franco Montoro, em Guarulhos. Dirceu cometeu o equívoco de tentar viajar levando, sem declarar oficialmente, 35 mil Euros. Acabou barrado por um servidor da Receita Federal – que apreendeu o dinheiro. Como Dirceu ainda tem poder, o funcionário que o prejudicou foi “promovido” com a transferência de Cumbica para o Aeroporto dos Guararapes, em Recife.

O cerco a Dirceu só não está pior que os ataques fatais a Luiz Inácio Lula da Silva. Agora o Procurador-Geral da República tem todos os motivos do mundo para convocar o ex-Presidente para um amplo depoimento sobre vários assuntos relacionados aos crimes de corrupção, formação de quadrilha e tráfico de influência nos escândalos do Mensalão e no Rosegate. Vazou para o Estadão o bombástico depoimento de 3h30min, com cabalísticas 13 páginas, dado por Marcos Valério Fernandes de Souza ao Ministério Público Federal, em 24 de setembro.

Valério confirmou que Lula era mesmo o chefe do Mensalão. Revelou que Lula deu o ok pessoal para os empréstimos que o PT pegou nos bancos BMG e Rural, com a finalidade de repassar grana aos corruptos da base aliada. Valério garantiu que o encontro com Lula aconteceu no Palácio do Planalto, na presença de José Dirceu e do tesoureiro Delúbio Soares. Valério também colocou o então ministro da Fazenda no meio, confidenciando que Lula e Antonio Palocci negociaram com a Portugal Telecom (por ironia, tem a sigla PT) o repasse de recursos para o PT (Partido dos Trabalhadores).

Para piorar – se é que dá - Valério garantiu que o esquema do Mensalão pagou despesas pessoais de Lula, em 2003, quando o mito já era Presidente. Valério relatou que a grana era depositada na conta da empresa de um “laranja” da maior confiança de Lula: Freud Godoy. Conhecido como o “faz-tudo de Lula”, Godoy foi assessor presidencial e sempre cuidou da coordenação da segurança das campanhas de Lula. Valério relatou pelo menos dois depósitos em favor de Lula, via Godoy.... Continuar lendo

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