terça-feira, 14 de agosto de 2012

Líder condena descaso do governo com greves e má gestão na Petrobras


O senador ALVARO DIAS  (Bloco/PSDB - PR) - em discurso da tribuna do Senado, no dia nove de agosto de 2012, condena descaso do governo com greves e má gestão na Petrobras:

A greve cresce no País, enfatiza o senador. E continua: Já são cerca de 27 setores da Administração Federal paralisados. Segundo estimativas dos sindicatos, mais de 300 mil funcionários parados entre os 573 mil servidores federais.

Os atuais Governantes aprenderam apenas a realizar greves e não a acabar com elas

O Ministério do Planejamento afirma que isso é irreal. Há um ostensivo descaso do Governo para com os movimentos grevistas em curso; desatenção, desconsideração e desprezo são flagrantes. Fica a impressão de que os atuais Governantes aprenderam apenas a realizar greves e não a acabar com elas. Não há a busca do entendimento com a competência de articulação necessária para que se busque consenso entre Governo e servidores.

"Quem te viu, quem te vê".
No passado, o Partido dos Trabalhadores capitaneava e apoiava todo e qualquer movimento grevista. São dois pesos e duas medidas. Essa contradição da postura petista foi descrita com muita propriedade pela articulista do jornal Folha de S.Paulo, Eliane Catanhêde, sob o título "Quem te viu, quem te vê".

Ao analisar inúmeras greves ocorridas na gestão petista, ela traduz a "moral da história: greve no governo dos outros é bom, mas no nosso não pode; privatização no governo dos outros é impatriótica, mas no nosso é um sucesso de patriotismo".

O PT antiprivatizaçâo versus o PSDB privatizante


A referência às privatizações é oportuna, como escreveu a competente articulista: "Durante três campanhas seguidas,o partido recorreu ao mesmo discurso, atribuindo aos adversários tucanos a intenção até de privatizar o BB, a CEF, a Petrobras e a mãe de todos os eleitores. Era o PT antiprivatizaçâo versus o PSDB privatizante, o PT patriótico versus o PSDB impatriótico".

Já estão se acostumando com as universidades fechadas

A situação das universidades Federais é delicada. O semestre já foi comprometido. Onde estão os negociadores do governo? O diálogo com os grevistas é um vibrante solilóquio. Aliás, passa a idéia de que há uma acomodação, já estão se acostumando com as universidades fechadas. Isso é trágico, milhares de estudantes universitários brasileiros estão sendo prejudicados.

Os navios parados

Aliás, o prejuízo das greves ainda não foi avaliado, essa conta ainda não foi feita. Só no Porto de Paranaguá no Estado do Paraná, há uma previsão de prejuízo que ultrapassa 140 milhões de dólares. à espera da oportunidade de desembarcar mercadorias. E chega agora o momento do desembarque de fertilizantes até setembro. A multa aumenta, o prejuízo cresce. Eu repito: são 140 milhões de dólares de prejuízos só no Porto de Paranaguá.


Rodovias paralisadas pela Policia Rodoviária Federal

Hoje nós vimos rodovias paralisadas pela Policia Rodoviária Federal. Isso significa prejuízo sem avaliação, mercadorias que não chegam, mercadorias que tem os seus preços elevados, mercadorias que podem sofrer danos em razão da demora. Enfim, os prejuízos acumulados crescem e o governo demonstrando a sua inapetência para superar dificuldades dessa natureza, porque os que hoje governam, eu repito, aprenderam a fazer greves, e não a administrá-las.

PT - Imperícia para lidar com os movimentos grevistas


No poder, o PT se mostrou vocacionado ao monólogo, sua negligência ganhou contornos bastante preocupantes. A imperícia demonstrada por ele para lidar com os movimentos grevistas é lamentável.

PT - Criou ministérios, diretorias, empresas para  atender à enorme base de apoio político... que culminou com o mensalão ora em julgamento no Supremo Tribunal Federal


Mas ocorre que o governo cresceu demais, criou estruturas estabelecendo paralelismos desnecessários, superposição de ações, criou ministérios, diretorias, empresas para, sobretudo, atender a enorme base de apoio político que cresceu de forma exacerbada com a cooptação ávida, numa relação até de promiscuidade que culminou com o mensalão ora em julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Gastando até mais do que arrecada, o Governo vai comprometendo o seu futuro

 
E o crescimento da máquina pública aumentou a despesa de custeio, a despesa de pessoal, e é evidente que o Governo tem que estabelecer, tem que compatibilizar os interesses dos servidores públicos com os interesses da população do País. Esta é a missão de quem governa. Gastando demais, gastando até mais do que arrecada, o Governo vai comprometendo o seu futuro.

Nós esperamos que o Governo realize uma reforma administrava, para premiar o funcionalismo qualificado, e, sobretudo, reduzir o tamanho do Estado brasileiro, eliminando estruturas desnecessárias.

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