segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Protestos mostram que brasileiros estão cansados da corrupção e Lula é chamado de “ladrão”

(Foto: Bruno Toscano)

Mudou o adjetivo – No domingo (24), várias cidades brasileiras foram palco de manifestações contra a corrupção. O movimento, que precisa engrossar em termos de número de participantes, começa a ganhar corpo e pode se transformar em uma incômoda pedra no caminho dos políticos acusados de envolvimento de escândalos de corrupção.

A indignação dos brasileiros foi estampada em faixas e cartazes que foram exibidos durante os protestos, que contou com a manifestação de brasileiros que moram na Nova Zelândia e sugeriram ao presidente do Senado, Renan Calheiros, seguir o mesmo caminho do papa Bento XVI e renunciar ao cargo.

Até recentemente, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva era tratado pela maioria da parcela pensante da sociedade como o patrocinador do período mais corrupto da história nacional, mas a indignação de muitos parece ter nocauteado a complacência. O silêncio e o sumiço Lula depois das acusações feitas por Marcos Valério e da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que flagrou a namorada do petista envolvida com a quadrilha dos pareceres, o ex-presidente passou a ser chamado deliberadamente de “ladrão”.

Essa mudança repentina de tratamento pode ser facilmente conferida na rede mundial de computadores, em especial nas redes sociais, e ficou evidente nas manifestações do domingo, principalmente na Avenida Paulista, uma das principais vias da cidade de São Paulo. Muitos que participaram dos protestos exibiam cartazes com textos sugerindo que Lula deve ir para a cadeia.

Há quase três meses fugindo dos jornalistas brasileiros, que querem ouvir de Lula as explicações sobre o Rosegate e as denúncias do operador financeiro do Mensalão do PT, o ex-metalúrgico não terá vida fácil daqui em diante, caso o movimento cresça nos próximos meses, principalmente na internet.

Para rebater os ataques a Lula e ao PT, o partido colocou em ação sua tropa de criminosos cibernéticos para invadir sites e blogs de jornalistas que noticiam a verdade e de cidadãos que não se apequenam e criticam o governo duramente.

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