quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ayres Britto: projeto de poder do PT era ‘golpe’


Último a votar no capítulo do mensalão que trata dos responsáveis pela compra de apoio político no Congresso, o ministro Carlos Ayres Britto (foto), presidente do STF, foi especialmente draconiano. Referiu-se ao mensalão como um “golpe” contra a democracia e os valores republicanos.

Ayres Britto mencionou a cifra movimentada pelo esquema: R$ 153.748.924,52, em valores da época. Disse que, com esse dinheiro, compraram-se “consciências” no Congresso, chegando-se a uma “coalizão argentária e pecuniarizada”, na qual “os acordos se fazem à base de propina, de suborno, de corrupção.”

Realçou o óbvio: esse tipo de coalizão “é repudiada pela ordem jurídica do país, pelos seus efeitos superlativamente danosos para os valores mais cuidadosamente protegidos por essa mesma ordem jurídica.”

Prosseguiu: “[...] Sob inspiração patrimonialista –velha, matreira e renitente—, um projeto de poder foi arquitetado. Não um projeto de governo, que é lícito, é quadrienal, é exposto em praça pública, [...] mas um projeto de poder que vai muito além do quadriênio, um projeto quadrienalmente quadruplicado.”

Foi além: “É um projeto de poder que, muito mais do que a continuidade administrativa, é seca e rasamente continuísmo governamental. Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia que é a Republica, o republicanismo, que postula a possibilidade de renovação dos quadros dirigentes e equiparação das armas com que se disputa a prefência do voto popular.”.. (Veja na íntegra - AQUI)

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