domingo, 14 de outubro de 2012

A Veja, Lulinha e a liberdade de imprensa


No dia 13 de julho de 2005 a revista Veja publicou a matéria intitulada "O negocião do Lulinha - Como o filho do presidente se tornou sócio de uma gigante da telefonia sem tirar um único real do bolso". De lá pra cá - um dos cinco filhos do ex-presidente e personagem principal da pauta, Fábio Luís Lula da Silva, de 30 anos, moveu uma ação contra a revista, pedindo indenização por danos morais pela matéria publicada a respeito do seu enriquecimento milagroso e também sobre a frase dita pelo ex-presidente "Meu filho é o Ronaldo dos negócios".

Formado em biologia, Lulinha, como é chamado pelos amigos, fez alguns poucos trabalhos na área (como uma monitoria no Zoológico de São Paulo, por exemplo), todos com baixa ou nenhuma remuneração. Para ganhar a vida, dava aulas de inglês e informática. Em dezembro de 2003, segundo a Veja, essa situação mudou. Atualmente, o primeiro filho do casal Lula e Marisa Letícia da Silva é sócio de três empresas que, além de prestar serviços de propaganda (pelo menos no papel), produzem um programa de games para TV. Somados, os capitais das empresas ultrapassam os 5 milhões de reais. Individualmente, de acordo com sua participação societária, Fábio Luís tem 625.000 reais em ações – mais do que os 422.000 reais que seu pai presidente amealhou ao longo de toda a vida, segundo a declaração de bens que apresentou em 2002 ao Tribunal Regional Eleitoral.

O curioso - Fábio não teve de investir um único real nesta trajetória, conforme publicou a revista. O negócio foi bancado quase que integralmente pela Telemar, a maior companhia de telefonia do país. Com base em documentos obtidos em cartórios de São Paulo, e em entrevistas com profissionais do setor, VEJA reconstituiu a história empresarial que segue:

O negocião do Lulinha: - Como o filho do presidente Lula se tornou sócio de uma gigante da telefonia sem tirar um único real do bolso.

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