domingo, 28 de outubro de 2012

Estopim do escândalo do mensalão, Correios viram feudo político do PT

Wagner Pinheiro de Oliveira ocupa cargos por sugestão de caciques do PT
há pelo menos 20 anos.

Após comando do PTB e do PMDB, desalojados em meio a denúncias, petistas dominam cúpula da empresa; ex-ministro José Dirceu e deputado João Paulo Cunha influenciaram escolha de dirigentes.

Eduardo Bresciani e Fábio Fabrini, de Brasília Uma das fontes do escândalo do mensalão, o aparelhamento político na estatal Correios continua, sete anos depois. Após passar pelas mãos do PTB e do PMDB, desalojados do comando em meio a denúncias de corrupção, a empresa virou feudo do PT, cujos líderes indicaram nomes para os principais cargos de direção.

Condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, o ex-ministro José Dirceu e o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) influenciaram a escolha dos dirigentes. O principal exemplo é o presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, que deve sua nomeação ao ex-ministro Luiz Gushiken, absolvido no julgamento em curso no Supremo, e teve ainda a sustentação do grupo liderado por Dirceu.

Sindicalista vinculado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e filiado ao PT, Pinheiro ocupa cargos por sugestão de caciques do partido há pelo menos 20 anos. A ligação com o ex-chefe da Casa Civil, segundo a assessoria do próprio ex-ministro, vem desde a década de 1980, quando o presidente dos Correios era funcionário da legenda na Assembleia Legislativa de São Paulo e Dirceu, deputado.

Nomeado no início do governo Dilma Rousseff com a missão de "sanear" a estatal após o escândalo de lobby e tráfico de influência que derrubou a ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil), o presidente dos Correios recebeu elogios de Dirceu em seu blog. Em janeiro de 2011, o ex-ministro da Casa Civil se referiu a ele como exemplo de gestor público "testado e aprovado".

Outro réu com influência na administração dos Correios é João Paulo Cunha. Graças a ele, o petista Wilson Abadio de Oliveira ascendeu à diretoria regional da estatal na Região Metropolitana de São Paulo, a mais rentável do País. A indicação causou uma crise na bancada do PT, no início de 2011, porque Cunha não consultou os colegas sobre a nomeação... (Continue lendo - AQUI)

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